segunda-feira, 3 de outubro de 2011

De repente fez-se o silêncio

Único, discreto, traduzido em gritos infames com significados magníficos, inauditos, formidáveis ou simplesmente surpreendentes.
De repente fez-se o silencio. A mostra, oculto talvez discreto. Momento tão oportuno para não se dizer nada. No silencio do vento sente-se palavras que poderiam ser ditas, porém a ação do momento as tornam  sub-entendidas. Sub-entendimento esse, que torna ainda mais agitado  o momento de calmaria. No impacto de palavras que o interrompe ocorre uma explosão de nervosismo. Falta atitude, faltam palavras já faladas, faltam idéias que foram levadas pela maré. Volta então o silêncio. Momento de reflexão e pensamentos impensáveis que surgem do desejo de falar sem saber o que dizer. Esta é a oportunidade de observar os mínimos detalhes com uma atenção acima do nível já conhecido. O silencio então é levado por brisas de palavras nunca pensadas, e junto com ele vão as palavras anteriormente planejadas, e tudo forma um momento espontâneo, transformando cada um de acordo a sua idéia e dando a alguém a oportunidade de ser e conhecer uma brisa de palavras silenciosas.